Posted by: Simone Talarico Ross | July 17, 2007

Pare! Mesmo!!!!

Uma das diferenças com relação ao modo de dirigir daqui e no Brasil, que percebi logo nas minhas primeiras aulas, depois de levar um “pito” do instrutor, foi de que as placas de direção não estão lá só prá enfeite, não. Devem ser respeitadas! Claro que, no Brasil a premissa é a mesma, mas a prática… nem sempre. Tomamos como exemplo aquela que tem em grandes letras a palavra PARE. Convenhamos, a não ser que seja numa intercessão bastante movimentada, o hábito brasileiro diz que damos aquela paradinha rápida, olhando para os dois lados ao mesmo tempo e lá vamos nós, ainda em segunda, atravessando o mais rápido possível.

Aqui, quando a placa STOP aparece é necessário que você realize o que o Departamento de Veículos Motorizados chama de complete stop, ou seja, após parar, se você estivesse com um carro não automático, seria necessário engatar a primeira de novo prá poder atravessar. E o pior, há essa placa em tudo quanto é esquina!

A coisa é tão séria que agora, no Condado de Los Angeles, colocaram câmeras prá verificar quem anda fazendo a paradinha do tipo da brasileira. Mas a discussão aqui é outra. Apesar de já existir em algumas cidades a fiscalização eletrônica, nos sinais – ou semáforos, ou faróis – muita gente aqui ainda discute a legalidade desse tipo de câmera. Primeiramente, porque fere a individualidade do cidadão, afinal é posível saber se você passou ou não em certa rua através dos dados das câmeras. Além disso, algumas pessoas chegam a discutir se o serviço público tem o direito de fotografar uma propriedade privada, o seu carro, sem consentimento do dono. A grande maioria, porém, assinala que este tipo de dispositivo não diminui os atos ilegais e só servem para gerar renda.

No Brasil temos câmeras nos sinais há alguns anos e eu não me lembro da sociedade discutir o assunto com as autoridades que introduziram a idéia. E você, o que acha? Você acha que essas câmeras significam uma invasão de privacidade?

Leave a comment

Categories